segunda-feira, 7 de abril de 2008

Da hemonecessidade da imprensa

Puta que o pariu.

Não aguento mais falarem da coitada da menina que caiu (ou foi jogada, ou assassinada e colocada no jardim) do prédio em SP. Sim, a Isabella Nardoni (até decorei o nome da coitada - e até sei que é escrito com dois "l").

Não aguento mais "tá na cara que foi o pai"

Não aguento mais "nossa, coitada da mãe, né?"

Não aguento mais "tinha sangue não sei onde"

Não aguento mais "o pai era separado da mãe e tinha 2 filhos com a nova mulher"

Não aguento mais "o pai via a filha de fim de semana"

Não aguento mais!!! Por favor, não aguento mais!!!

Sim, sim, coitada da mãe. Coitada porque a vida da mulher, que já não podia estar pior depois de perder a filha pequena de um jeito no mínimo esquisito, ainda tem a vida devassada pela imprensa hemodependente. Parodiando nosso grande molusco-chefe, "deixa a polícia trabalhar!!!"

Tá louco, viu? É Ota, João Hélio, Richtofen, maníaco disso, daquilo, bala perdida, o cacete.

Parece que até escorre sangue da TV, da internet, do rádio, do taxista, de todo lugar!!!

OK, tem que dar a notícia? Tem. Mas ficar em cima fazendo escândalo é ooooooutra coisa.

Parei com essas coisas. Basta. Já deu.

Esse post fica por aqui.

Aqui, Agora.

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