quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Da autodefenestração de um fanfarrão sanguinário

*NOTAS:
1) Este post tem preconceito implícito latente. Não repara não, tá?
2) Não sou analista político, financeiro, social e nunca fui pra Cuba. Sou publicitário e, como tal, acho que posso opinar em tudo. Ê, mania besta...

Bom, é o seguinte: Fidel saiu fora.

Sentiu que chegou o momento, sentiu que não dava mais. Sentiu que um ditador sanguinário e convencido precisa de gás pra manter a imagem e o poder. E que nem com Viagra na veia ele ia conseguir. O tempo é sábio.

Confesso que eu fiquei surpreso. Achei que o Romário pararia de jogar e que o Zagallo abotoaria o paletó de cedro antes que Fidel pedisse as contas, ou melhor, realmente achei que ele daria uma de Papa e só sairia quando pifasse de vez.

Mas... o que a saída do homem significa?

Em termos práticos, a curto prazo, nada. Ele já tava "só o pano e o arame", mesmo... ou seja, o irmão dele é quem fazia as vezes de figura à frente dos cupinchas cubanos (que, a exemplo dos companheiros brasileiros, são quem realmente comanda o país). A propósito, eu ouvi um analista americano criticando o irmão do Fidel porque ele não teria a mesma força política que o irmão. PORRA, É CLARO!!! O cara fez a Revolução Cubana e de lá pra cá fez chover e fez parar naquela ilha... são 50 anos, cacete... lógico que o Castrinho não vai chegar chutando tudo. Vai chegar "na moral".

Pro povo cubano, então, nem se fala. Quem conseguiu se mandou de lá. E quem não conseguiu (a) vive de quem conseguiu, (b) é puta e vive do turismo ou (c) atua no mercado negro. Ou seja, fodido por fodido o povo já estava. Pior não pode ficar. Pelo menos existe agora a chance de a muito longo prazo o povo voltar a ter algum tipo de liberdade. Mas o que é liberdade pra quem tem tantos outros problemas pra enfrentar?

Pro resto do mundo, vá lá. Tem alguma mudança, sim. Provavelmente o embargo econômico deve amansar e as megapotências (inclusive o companheiro Lula, hahahaha... que piada) devem tomar alguma atitude tipo pós-guerra de olho nos 11 milhões de consumidores em potencial.

A propósito, 11 milhões é menos que a cidade de São Paulo. E o PIB nem se compara. Mas vamo lá.

Tem gente que fala que Cuba vai fazer alguma coisa pra frear o Capitalismo de entrar e comer todas as criancinhas cubanas. Lançar algum plano de abertura aos poucos, como fez a China, sei lá. Quero ver se Cuba lança. Quero ver Cuba lançar.

(Há! Eu não podia perder essa...)

Daí podem sair charutos e rum mais barato pro resto do mundo. E, com o aumento da produção, de qualidade discutível. Ah, sim, e etanol combustível. Pffff.

Para mim Fidel já morreu. Faz tempo. Só que é que nem furacão, bomba atômica, terremoto e peido de cebola assada: mesmo depois que a tormenta acabou, todo mundo ainda fica sentindo as consequências.

Pra finalizar, um prazer que só um grande fanfarrão sanguinário consegue proporcionar:



Chávez é café pequeno.

2 comentários:

Wagner Alledo disse...

Do caralho esse post. É disso que o povo gosta, é isso que o povo quer. Destaque para o paletó de cedro e 'cuba lança'. Hilário. Parabéns pelo blog, acompanho diariamente. Abraços

Anônimo disse...

Peido de cebola assada... ai, ai... um desse mataria o Fidel...