Círculos

Esse post é dedicado à memória do Caroço, um dos meus cachorros, que "foi-se" essa semana.

É incrível como nossos círculos sociais vão se fazendo e refazendo. E não, não tô falando do Orkut.

Vira e mexe eu fico pensando: "Com quantas pessoas eu já teria tido o mínimo contato direto na minha vida toda?" Considerando até aquele véio parado no carro do lado no semáforo, seriam quantos? Um milhão? Dez milhões?

Eu sei que é meio maluquice pensar nisso, mas isso me faz pensar que aquela história toda de que você conhece qualquer pessoa do mundo em até 10 etapas pode até ser verdade.

Ultimamente aconteceram várias mudanças nas relações que me cercam. Um grande amigo que foi trabalhar nos EUA (mais um!!!), um casal de amigos que se separou (espero que temporariamente), outro grande amigo que saiu da empresa (mas continua grande amigo), esse tipo de coisa.

Aí eu lembro de uma coisa que eu li no livro "Tipping Point", do Malcolm Gladwell (ou coisa parecida); lá ele fala que a gente não só não controla só as relações diretas da gente como também passa mais tempo controlando as relações dos outros do que as nossas próprias.

É assim: vamos supor que você tenha só 5 relações diretas (pai, mãe, namorada e 2 amigos). Você vai "controlar" essas suas 5 relações diretas mais as relações entre eles; se seu pai e sua mãe estão bem, se seu pai gosta dos seus amigos e namorada, se seus amigos gostam da sua namorada, se sua namorada gosta da sua mãe, e assim por diante. Seriam então 25 relações para você "controlar", ou seja, 5 vezes mais do que as suas 5 relações diretas. Ao todo 30 relações, sendo que só 5 dizem respeito a você. Que loucura, não?

E é legal ver que a gente faz tudo isso meio que instintivamente. É claro que tem gente que extrapola e só quer saber da vida dos outros (e o caso Isabella é um bom exemplo disso) mas são a exceção à regra.

E é legal ver que a nossa vida vai se refazendo e se modificando com tudo isso. Muito louco como isso é cíclico. Mas o importante é que os ciclos não excluam aqueles que te fazem sentir bem, a não ser quando não conseguimos controlar.

Todos fazem a diferença pra alguém. Até o cachorro desse meu amigo, que felizmente chegou bem em NY depois de 18 horas de viagem :)